domingo, 21 de setembro de 2014

Pico do Corcovado - Ubatuba II

Queridos amigos e amigas, hoje vou escrever sobre a segunda visita ao Pico do Corcovado em Ubatuba.

A primeira foi em junho de 2011: Relato Pico Corcovado I  e na época foi muito duro. Essa trilha considero "uma das mais cansativas" (com mochila e barraca) aqui no Brasil. Devido a altimetria, você sai de 20m até 1.168m, a distância até que é pouca, dá quase 7km. Dá primeira vez fiz em 6h e dessa vez foi em 4h.

Bom, dessa vez  fui mais preparado psicologicamente e com menos peso. Sofri menos que da ultima vez, mesmo assim, é um sacrifício recompensador.

Companheiros de trilha foram o Thiago Araujo, o Thiago Furtado, Paulo e sua namorada a Débora e a guerreirinha Natachi (primeira montanha dela).

Fizemos diferente dessa vez, como a maioria saiu direto do trabalho (eu tinha acordado as 4am), preferimos pegar um quarto em vez de acampar no gramado como foi na ultima vez. A pousada fica em Lagoinha e a casa ficou 100 reais dividido para 6 pessoas.(12-3843-3587). O que ficamos eram dois quartos, com cozinha e banheiro. Precisa levar lençol (nosso caso foram os sacos de dormir).

Ainda paramos em Caraguá para comer uma pizza e chegamos perto das 00h, junto com o Paulo que chegava de Botucatu. Banho, bate papo, tira e põe coisas da mochila e fomos dormir 1 e pouco da manhã. Marcamos de sair umas 8h e tomar café no caminho (paramos em Maranduba).

Chegamos no local aonde estacionamos os carros, era quase 10am. Havia um pessoal estacionando os carros e se preparando para subir. Quando vi aquela galera, já me preocupei com o espaço lá em cima. Já tinha outros carros estacionados na casa. Nos arrumamos em tempo recorde e partimos para a trilha.


Tracklog da Trilha
 Como saímos as 10am, não encontramos nenhuma das famosas moradoras do local (cobras) e já esperto por ser a segunda vez, não passamos reto da entrada da trilha. Atravessamos dois riachos, caminhada sobe e desce no mato fechado, até a parte que começa a subida.




Começo da trilha é plano e fechado

Daqui em diante foi só subida.


Logo chegamos a Igrejinha(450m), uma formação rochosa que tem uma pequena área de descanso e uma linda vista. Aqui é um ótimo local para quem não está mais aguentando desistir, daqui para frente é mais íngreme e hard. Diz a lenda que a noite o espirito do Frei Bartolomeu sempre ronda este local, por isso no nome Igrejinha. Eu não fiquei esperando.
Para quem não consegue subir a pedra da Igrejinha para avistar o mar, um pouco mais para cima, há outro mirante, o único, já que a trilha é entre as arvores.


Igrejinha


Vídeo feito no mirante:



Aqui ouvimos o povo se aproximar e nos dividimos para garantir um espaço legal lá em cima. Eu e o Furtado fomos na frente. E dalhe subida.

Alguns metros(altitude 720/750m)) a frente da Igrejinha, há uma clareira e uma trilha saindo a esquerda que nos leva ao ultimo local de abastecimento) depois só no cume.

Quando cheguei encontrei outro grupo subindo, ai pensei comigo, f... não vai caber todo mundo, inclusive esse grupo me falou que já havia passado outro. Abasteci, descansei 3 minutos e sai andando.

A subida continua até chegar mais ou menos nos 1000m de altitude, onde a trilha fica plana por alguns metros e pode avistar o cume




Vista do mirante





O ultimo trecho é o mais íngreme, um trepa trepa nas raízes e arvores para quem gosta de escalaminhada.

Depois de 4h e alguns minutinhos chegamos ao Cume.




O primeiro grupo já estava acampado no local em que eu tinha ficado anos atrás, dessa vez ficamos em um local mais desprotegido, mas nem ventou muito. Enquanto montávamos as barracas, o Araujo e a Natachi chegaram. Assim que terminamos, o pessoal começou a chegar. Um aperta daqui, outro divide ali e no final todos conseguiram acampar. O Furtado e a Natachi foram pegar água e eu fiquei ajudando o pessoal que chegava. Quando o Paulo e a Débora chegaram, já tínhamos deixado o lugar reservado.




Muitos eram a primeira vez ali, outros até em acampamentos, foi engraçado ver o pessoal preocupado em tomar banho lá na bica. Meu banho foi ala pamper´s. (toalha umedecida)

Barracas montadas, todos descansado, hora de ouvir uma música, tomar um vinho(presente do Edu Bisan) e esperar o Por do Sol





Vídeo do Por do Sol no cume:




E o sol se foi. palmas...
Hora da lua cheia brilhar.





Continuamos a curtir a noite ali no cume menor, longe  das barracas. A noite caiu e as luzes de Ubatuba, das estrelas e da lua completaram o espetáculo. e dalhe jantar, vinhos e queijos. fui dormir era quase meia noite.

Acordamos na hora certa ! Hora do show (vídeo):



Dessa vez o sol nasceu no horizonte do mar


Vários clicks e ângulos depois...


Tomamos o café, comemos algo e hora de cochilar mais um pouco...

Cochilei mais ou menos, já que a maioria estava desmontando as barracas. o Thiago Araujo foi na frente para arrumar o parachoque do carro, o Paulo e a Débora também já tinham ido. sai do cume por volta das 10am

A descida é forte, para mim que tem os joelhos em dia, cansa menos do que subir. e fomos montanha abaixo. O primeiro trecho de descida é bem lento devido ao trepa trepa.

Na volta quase não tirei fotos. Paramos algumas vezes e 3 horas depois estávamos todos no estacionamento.




A viagem não estava completa. ainda faltava o mergulho no mar.

Fomos na praia da Mococa. Ali comemos o que sobrou dos queijos, descansamos e para finalizar, mergulhamos no mar gelado.




Fim de semana sensacional ! Tudo saiu perfeito.
E valeu Thiagos, Nathachi, Paulo, Débora e os novos amigos que fizemos lá em cima


:)

Mais fotos no meu álbum:  https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10152664707684812.1073741851.576754811&type=1&l=7a03a0d9b4

Gastos:
Gasolinaxpedágio: R$40
Pizza na Sexta feira: R$20
Pousada Sexta feira: R$17
Café da manhã sábado: R$ 10
Cervejinha na praia : R$20

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Soy Loco



O louco é um sonhador crônico. é o guerreiro que como disse o poeta, percorre primeiro os caminhos que os normais cruzarão algum dia. Isso, se ousarem. louco é a melhor referência que a mim podem oferecer. se somos loucos não sei. se o que sou é ser louco que eu morra assim, louco. completamente louco. quero a sensibilidade dos loucos e a sua doçura. se o guerreiro é um louco, que sejamos loucos. se a luta por um mundo justo e igualitário é ser louco, que permaneçamos loucos. para que eu me torne humano tenha que ante ser louco, assim o serei até o fechar dos olhos para continuar noutro canto qualquer. sejamos então, loucos para que mudanças aconteçam. ahhhh... se os loucos fossem a massa do mundo, seria tudo bem mais colorido. a africa seria banhada pela fartura. a América do Norte seria mais irmã. a América do Sul seria mais ousada e o Oriente seria o mar da liberdade. se fossemos todos loucos não precisaríamos de Bíblia ou Alcorão. Se fossemos todos loucos não precisaríamos criar mitos para cultivá-los.

Se fossemos todos loucos não precisaríamos de um pergaminho para saber que Deus existe. os loucos descobrem o Deus no balançar das árvores. o louco sente Deus na mansidão do rio que corre e nas ondas aeróbicas dos mares. os loucos vêem Deus no olhar de amor. os loucos sempre dizem “Eu te Amo”. Dizem até para o estranho que chega. o louco não mata. o louco sobe em prédios em chamas para salvar vidas humanas e vidas animais. o louco não escora no barranco. os loucos, com as mãos nuas reviram a terra tombada pelos morros em busca de sobreviventes. a louca não aborta. a louca sorri diante a dor do parto ou, até mesmo, se sacrifica para que essa vida sobreviva. o louco troca o valor das $$ pelo valor de um abraço. o louco não esconde o prato e sim divide o pão. o louco senta no chão, namora de baixo da lua e se sente pleno apenas com o "leve tocar" da pessoa que ama. O louco cultiva jardins e não desiste do sorriso no rosto alheio. o louco vive a harmonia nos diferentes e nas diferenças.
sejamos então humanos e loucos.

Sejamos loucos.
Sejamos loucos.
Sejamos loucos até o cair da última folha.

(Primavera/2007)
Jurandir Barbosa

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Monte Verde e seus Picos (Onça, Selado, Partida, Redonda, Platô e Chapéu do Bispo)

Fala galera !!

Hoje vou falar um pouco sobre Monte Verde (MG). Já passei por essa vila (distrito de Camanducaia) diversas vezes, mas por ser muito parecida com Campos do Jordão, sempre me assustei (devido aos preços e frequentadores consumistas ao extremo). Dessa vez foi diferente, a intenção era acampar nos picos, no alto da montanha, longe desse estilo de turista. Nada contra, questão de gostos e escolhas.




Bom, resolvi essa viagem três dias antes de partir. O Thiago também topou. Então mudamos os planos diversas vezes. A primeira era acampar no Platô na primeira noite e conhecer os picos nos dias seguintes, depois surgiu a indicação, via Brunão da Rota de Aventura, do Star Bar.

O Star Bar é um bar/pousada muito bem localizado, fica na entrada da trilha para o Chapéu do Bispo e também para a Pedra Partida e Pedra Redonda. Fora isso, tem a simpatia e o jeito que fomos acolhidos pela Flor, o luso brasileiro Mario e seus filhos. Uma varanda de onde se vê um lindo por do sol, uma lareira convidativa com musica boa e os sucos e  as caipirinhas. Sensacional, recomendo.

Plano montado, como foi em cima da hora, não tínhamos confirmado com o Star Bar, seguiríamos o original, acampar no Platô.

Encontrei com o Thiago em Bragança Paulista por volta das 22horas, comemos e seguimos para Monte Verde. Chegamos já eram meia noite e pouco, uma ventania e um frio de cortar a alma. Paramos o carro no estacionamento na entrada da trilha e resolvemos acampar por ali  mesmo.





Assim que o dia amanheceu, desmontamos as barracas e já fomos recepcionados pela Flor, como eles estavam com problemas da internet, só tínhamos feito o primeiro contato, na hora acertamos um camping improvisado embaixo do galpão do bar. Para nós, compensava, ficamos no meio das duas trilhas, protegidos do vento e também o impacto na natureza seria o mínimo



Deixamos nossas coisas dentro do carro e encontramos com o Michel e seus amigos que também iriam passar o fim de semana acampando pelos picos. O Michel, eu não conhecia pessoalmente, temos amigos em comum e o gosto pelas trilhas, ele já estava acertado de ir e eu, para variar decidi ir de ultima hora. Só os planos que eram poucos diferentes, eles queriam acampar lá no alto. Seguindo a indicação do filho do Mário (Star Bar) e aproveitando a carona do Clóvis (amigo do Michel), partimos para um lugar chamado Missões em Monte Verde, dali sai uma trilha que intercepta a trilha do Jorge (S fco Xavier x Monte Verde) e chega ao Pico da Onça.


Star Bar fica no final da Av das Montanhas

Aline, Clóvis, eu, Thiago, Cleber e Michel nas Missões em Monte Verde
A trilha começa atrás desse prédio na foto acima, é uma bela subida até uma bifurcação a esquerda, antes de chegar ao final (cerca). Depois é só seguir a trilha até outra cerca, ali, você tem que virar a esquerda novamente e descer. Vai chegar em uma pequena porteira com a placa da melhoramentos. Aqui é só seguir a trilha batida, vai passar um rio e segue a trilha....




A trilha continua bem demarcada, agora em meio da mata. Passamos por um bonito bosque, creio eu seja o dos duendes.

Também tem o vídeo :





Nessa trecho nos distanciamos da galera, pois nossas mochilas estavam mais leves e o passo era mais rápido, tínhamos que chegar no Star Bar, eles queriam acampar no alto da serra.

Chegamos a trilha do Jorge e depois ao Pico da Onça, ali encontramos com uma galera que vinha de São Francisco Xavier e muita neblina. Infelizmente, nossa vista foi essa:





Fizemos um lanche e enquanto esperávamos a turma, fomos assinar o livro do cume. Normalmente, o livro do cume, sempre encontro alguma mensagem de um amigo, isso é muito legal  !







Esperamos por 40 minutos, e nada da neblina ir embora ou os amigos chegarem...



Clareira no Pico da Onça



Então partimos em direção a Pedra Partida, já em Monte Verde. A trilha começa bem visível, atrás dessa pedra (foto acima). Descemos pela mata, a trilha segue demarcada, mas com muitas bifurcações que levam ao mesmo sentido. Haviam algumas marcações de fitas e outras de facão nas árvores. Chegou uma hora que a trilha sumia e tentamos achar marcações e nada. Porcausa da neblina não conseguimos visualizar o sol nem a pedra partida. No meu gps, havia uma marcação da Pedra Partida (não tinha o tracklog), então faltando 500 metros para a pedra e depois de várias tentativas de achar a trilha, varamos o mato até sua base. Perdemos uma hora e pouco procurando a pedra. Quando se chega na base, tem uma pequena escalada para alcançar o cume, falando com o Brunão depois, soube que é por ali mesmo que se chega.





Devido ao atraso tentando procurar a trilha certa, achei que encontraríamos nossos amigos (eles estavam com o tracklog), mas nem sinal deles.

Não estávamos com sorte no visual, muita neblina no Pico da Pedra Partida (2046m). 





Também fiz um vídeo (prometo que na próxima mando limpar a lente interna da câmera):




Depois de comemorar a conquista, seguimos em direção a Pedra Redonda.
No meio da trilha, adivinha quem deu as caras ??? Tive que ajoelhar...


Agradecendo a presença do Astro Rei
A trilha para a Pedra Redonda é bem demarcada, na saída da Pedra Partida, mais ou menos no mirante da foto acima é uma bela pirambeira. Aproveitamos para tirar fotos da vista (boa escolha)



Seguindo em direção a Pedra Redonda, onde a intenção era ver o por do sol, recebemos a cia da neblina novamente. Optamos passar direto na bifurcação que subia para a Pedra Redonda e ir sentido ao Star Bar.

Chegando ao Star Bar tentamos contato com nossos amigos e nada. Ficamos preocupados, porém sabíamos que estavam com o tracklog, barracas e mantimentos, então, de boa.


Como chegamos antes do horário, curtimos o por do sol (sem neblina) na varanda do Star Bar




Eu aproveitei e matei a vontade com um choconhaque ao lado da lareira.
"A vida não está fácil para ninguém" !





Pós por do sol, fomos montar nossas barracas, tomar uma ducha e fazer o jantar. Comemos como se fosse a última refeição rssss . Estava frio (8Cº), mas não tinha vento. Com as devidas roupas e o saco de dormir, tranquilo.


E capotamos por volta das 21h





Queria acordar por volta das 6h para assistir o nascer do sol do alto da pedra redonda, mas devido ao sono acumulado, deixamos para a próxima visita. Acordamos por volta das 8h. Recarregados e sem notícias do pessoal.

Depois de um belo sopão de café da manhã, fomos conhecer os outros picos de Monte Verde, saímos na trilha que sai bem em frente do Star Bar, sentido a Pedra do Chapéu do Bispo. Nesse dia, ganhamos um cãopanheiro de trilha, o Dom Windows Vista, cachorro do Star Bar e que conhecia todos os atalhos até o Pico do Selado.





A trilha até o Pico do Selado (passando pelo Chapéu do Bispo e Platô) é uma avenida. Não tem como se perder.

Chegamos rapidamente ao Chapéu de Bispo (1955m), aqui é possível escalar e precisa de cordas para chegar ao topo ou ser destemido em pular pedras rss




A vista é sensacional, da para ver a Pedra Redonda, o Selado e Monte verde


Curtimos um pouco ali e o Windows (cãopanheiro) que nos esperou descermos das pedras,  puxou a fila sentido o Platô.

Nesse trecho há vários pontos para acampar, inclusive encontramos algumas barracas próximo ao Platô




Pós clareira, chegamos ao Platô (1945m). O Platô lembra a Pedra Grande em Atibaia, uma grande rocha meio que plana no meio da vegetação. bom para acampar ou sentar ali para curtir as estrelas. 


platô
Vídeo no Platô:



A trilha desce as rochas sentido uma placa: Selado
Depois é só seguir a trilha batida, um sobe desce bem tranquilo.

Rapidinho, chegamos ao cume do Pico do Selado



Aqui fizemos um lanche e claro que nosso cãopanheiro também ganhou sua parte







Também procuramos o livro do cume do Pico do Selado, depois de algum tempinho encontramos, mas devido as botas e o meu jeito meio estabanado e sem equilíbrio de ser, não quis arriscar. Na próxima quem sabe.


Vídeo na Pedra do livro do cume do Selado:


Do Selado, voltamos pelo mesmo caminho até o Star Bar, e agora desconfiados sem saber notícias da galera. Chegamos ao bar, fizemos em menos de 3horas (ida e volta) tomamos uma cervejinha e fomos conhecer a Pedra Redonda, aquela que passamos batido no dia anterior. Trilha mamão com açúcar saindo do Star Bar, muita gente fazendo, até senhoritas sem noções (de saltos). Olhamos para trás e quem veio ??? O Windows queria mais ! e lá fomos nós




Chegando ao cume, quem encontramos ??? a turma !! estavam todos bem e felizes, mas com cara de cansados rs




A Pedra Redonda é boa para se ver o nascer e o por do sol. A melhor de todas é a pedra partida. Daqui também é possível ver o lado de Minas Gerais e o lado de São Paulo

Vídeo feito na Pedra Redonda:





Em menos de 30 minutos chegamos ao Star Bar, fizemos um almoço, arrumamos as coisas e antes das 16 horas já estávamos prontos para ir embora. Nos despedimos da turma, do pessoal do Star Bar e ainda paramos na Vila para comprar chocolate. A vila é bem turística, como falei, lembra bem Campos do Jordão, vale a pena levar a família ou a namorada que gosta de mimimi. (rsrsrs) 


Tracklogs dos percursos (lembre-se: no trecho Pico da Onça e Pedra Partida nos perdemos): 
Star Bar x Missões x Pico da Onça: http://connect.garmin.com/activity/563001297
Pico da Onça x Trecho na mata antes da Pedra Partida: http://connect.garmin.com/activity/563001298
Trecho na mata antes da Pedra Partida x Star Bar: http://connect.garmin.com/activity/563001299
Das Missões até o Star Bar: 18km
Star BarxChapeu do BispoxPlatôxSeladoxStar BarxPedra RedondaxStar Bar - 10km: http://connect.garmin.com/activity/563011292 


Guia muito útil sobre Monte Verde: http://www.guiamonteverde.com.br/trilhas/

+ amigos, + histórias, + conquistas !!

Até a próxima!! 



Mais fotos em: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10152591319229812.1073741850.576754811&type=1&l=521f841b0f

domingo, 3 de agosto de 2014

Pico das Cabras - Morungaba / Campinas

Domingão de sol, nada para fazer (trabalhei no sábado e não sai a noite), o jeito foi procurar algo para bater pernas. Via facebook, encontrei o pessoal da Compass de Morungaba que estava organizando uma trilha saindo de Morungaba, passando por 3 pedras e retornando. Fechou !

Sai de Itatiba no ônibus das 7am com destino a Morungaba (R$3,60). Em 30 minutos já estava no ponto de encontro que era próximo a rodoviária. Ainda deu tempo de tomar um café e assistir o pessoal da umbanda que se reunia com uma fila kilometrica de carros, parecia ano novo, todos de branco.

Bom, todos prontos, saímos por volta das 8:30, subindo as ruas de Morungaba até pegar uma estrada de terra. A medida que subia, a vista da cidade ficava mais bonita.






Passamos pelo Cruzeiro e alguns metros já estávamos na trilha de terra.




A trilha é bem batida e depois da subida pelo asfalto, ficou um bom tempo plana, a trilha meio que seguia paralela a uma estrada.

Depois de um subida, chegamos a primeira pedra




Nessa pedra, sem nome, encontramos com alguns bikers e motociclistas. A vista tambem é muito bonita. Aqui já era Joaquim Egídio.




Depois da breve parada, seguimos pela trilha até outro Pedra. Não sei o nome ao certo, mas o pessoal chama de Pedra Bolão, ótimo para rapel. Aliás, um pessoal estava fazendo.






Daqui avistava o Pico das Cabras e outra pedra logo na frente que o pessoal tambem faz rapel



Mais um tempinho tirando fotos e apreciando o lugar e o visual, voltamos para a trilha e seguimos pela mesma estrada. 

Passamos pelo observatório Municipal de Campinas e na sequência já estávamos no Pico das Cabras. No local tem um bar, tem estacionamento, lugar para camping (achei um pouco descuidado porcausa da sujeira que os campistas deixam)

Na portaria você paga: estacionamento(R$5), camping (R$10) e trilha ou escalada (R$7) Tambem tem alguns salgados e bebidas. Fone: Maurão 40141578 e ou Elias 11 999689515





Da portaria até a Pedra é uma pequena caminhada. Já tinha um pessoal escalando.



Curtimos um pouco a pedra, subi onde era possível sem cordas e fomos para a Pedra Mor, tambem dentro da propriedade.

Da Pedra Mor , avista se Itatiba e Jundiaí ao fundo.



Mais uns minutinhos curtindo o visual e retornamos por outro caminho dentro do parque

No retorno, próximo a Morungaba, entramos em outra bifurcação e voltamos por outra trilha. Daqui dava pra ver o Parque Chico Mineiro.



Não demorou muito e já estávamos no asfalto de Morungaba. Passeio muito bom para quem é iniciante, mas não muito sedentário. A trilha deu 13,5km, em 4h:30, tem algumas subidas (400m de elevação)



Até a próxima !




sexta-feira, 1 de agosto de 2014

" Penso que a natureza sonha. Montanhas, florestas, mares, rios, lagos, nuvens, cachoeiras, animais, flores - todos sonham um mesmo sonho. Sonham em que um dia chegará o dia em que os seres humanos desaparecerão da face da terra. Pois os dinossauros não desapareceram? Quando isso acontecer, será a felicidade! A natureza estará, finalmente, livre dos demônios que a destroem. A natureza, então, tranquilamente, sem pressa, se curará das feridas que nós lhe causamos."

Rubem Alves In Quarto de Badulaques


Sou fã de Rubem Alves, posto aqui uma homenagem ao eterno Mestre

quinta-feira, 24 de julho de 2014

25 de Julho, dia de São James, ou Santiago

Queridos amigos peregrinos, guerreiros, cavaleiros e todos que estão a caminhar a procura de algo, seja pela fé, por auto conhecimento, promessa ou aventura. Hoje, dia 25 de julho é o dia do nosso Santo !



Há dois anos e alguns meses atrás, conhecia muito pouco sobre esse apóstolo, um dos mais próximos de Jesus. Antes de começar o Caminho, aos poucos fui lendo e conhecendo sua história. Não se preocupe, não irei contar onde ele nasceu, o que ele fez e como morreu, no Google achamos vários sites. Vou falar sobre a minha amizade e respeito com esse Santo.

Conversei com ele, a primeira vez, em Carrion de Los Condes, Minha perna estava bem inflamada, não tinha nenhum amigo por perto, somente eu, Santiago, Nossa Senhora e algumas freiras (monjas) do Albergue onde estava dormindo. Foram dois dias pedindo para que não fosse nada sério e mais cinco dias me recuperando. Tive que ir para Madrid, fiz exames, lá uma amiga tambem me ajudou (a Su), passei no médico, tomei um susto, podia ser trombose, descansei e retornei para o Albergue. Felizmente, meus pedidos foram atendidos. Pude retornar ao Caminho :)


Passado o susto, deixei um ramalhete de flores para a imagem de Nossa Senhora lá no Albergue como agradecimento, as monjas e alguns peregrinos que estavam chegando ficaram bem felizes e eu também. Guardo a medalhinha que ganhei da Monja até hoje. Santiago ganhou somente um obrigado e um até breve.

Com os passar dos dias no Caminho, ganhei um amigo e parceiro de caminhada, Santiago. Quando acordava, agradecia, quando chegava em uma cidade, agradecia, nas horas que estive sozinho, conversamos bastante. Bom, eu admito, eu falava mais, ele respondia com cenas inesquecíveis, pessoas do bem, vinhos fantásticos e muita paz no coração.

Há segunda vez que precisei dele, tive certeza dessa amizade. Enquanto eu dormia no Albergue no Cebreiro, um ladrão me roubou todo o dinheiro que eu possuía, cerca de 270 euros, era o dinheiro para chegar até Finisterra. Do Cebreiro até Triacastela foram momentos de fúria, pensamentos negativos sobre as pessoas, sobrou até para Santiago, preocupação se tinha dinheiro para terminar o Caminho e para ajudar chegando na cidade nenhum caixa eletrônico funcionava. Tive que caminhar até a próxima. Foi Santiago que me deu forças para caminhar nesse dia, foram 34km de um dia que começou com sol e ficou fechado com garoa e frio, deserto, sem ninguém na minha frente. Em Samos, fiquei no Monastério, muito bonito, pude ficar de graça e assim que acordei, fui ao caixa, até hoje agradeço por sacar os últimos 150 euros e chegar a Finisterra. Santiago novamente ganhou um obrigado, dessa vez desculpas novamente um até breve.

Seis dias depois, estava em Santiago de Compostela !!!
Essa sensação não tem como descrever !

Fui de mochila e tudo para a Catedral, fiquei a missa inteira de frente para ele. Esperei terminar a missa para agradecer do mesmo modo que agradecemos nossos verdadeiros amigos, um mega abraço na imagem que representa Santiago dentro da Catedral. Infelizmente essa foto não tenho. Fica na minha memória.


De lá para cá, Santiago continua ajudar :)

Fica aqui, mais uma homenagem (a outra) e meus parabéns


Apóstolo Santiago, 
Escolhido entre os primeiros,
Tu foste o primeiro a beber
No cálice do Senhor, 
E és o grande protetor dos peregrinos;
Faz-nos fortes na fé
E alegre na esperança,
Em nosso caminhar
De peregrino
Seguindo o caminho 
Da vida de Cristo 
E alenta-nos para que 
Finalmente, 
Alcancemos a glória 
De Deus Pai, 


Assim Seja.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Meu niver !! Menos um ano :)

1 de Julho !! Meu aniversário.

Dia de comemorar mais um ano ou menos um ano ?

"No dia do meu aniversário os números vão mudar, como mudam no odômetro, aquele aparelhinho no painel do carro que marca a quilometragem. Está lá "37" e aí, de repente, o "7" dá um pulo e o "8" aparece no seu lugar. Esse é um jeito de marcar o tempo, contando os números. 


Jeito bobo. Os números não dizem nada. Há um verso sagrado que diz:

"Ensina-me a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios." Muita gente envelhece sem ficar sábio. O que é um sábio? Sábio não é quem sabe muito. Sábio é quem come a vida como se ela fosse um fruto saboroso. O sábio presta atenção nos prazeres e alegrias de cada momento. E o que dá prazer e alegria não são coisas grandes, festas com bolo, bexigas e presentes. O que dá alegria são coisas pequenas. Por exemplo: brincar com um cachorrinho. Balançar num balanço. Andar na água fria de um riachinho. Ver um ipê florido. Ler um livro. Armar um quebra-cabeças. Ver fotografias antigas. 


Não quero presentes comprados. Não preciso de nada.

Por isso eu prefiro um ritual diferente, ritual que é uma invocação. Eu acendo uma vela pedindo aos deuses que me dêem muitos anos a mais de vida, esses anos que se seguirão, que são o único tempo que realmente possuo...

Assim fiz, acendi uma vela, meus amigos à minha volta. Que coisa boa é ter amigos, especialmente quando o crepúsculo e a noite se anunciam!


Acho que a vida humana não se mede nem por batidas cardíacas nem por ondas celebrais. Somos humanos, permanecemos humanos enquanto estiver acesa em nós a esperança da alegria. Desfeita a esperança da alegria a vela se apaga e a vida perde o sentido."
Rubem Alves

E que venham muitos e muitos anos, porque viver a vida não tem preço